“Vivemos num mundo onde não fazemos o que queremos fazer, mas sim o que a convenção humana convencionou. Somos obrigados a fazer o que o Estado manda. Vivemos num mundo onde, se não temos nada somos marginalizados, somos olhados com olhares desprezantes, somos olhados de soslaio. Vivemos num mundo que, se temos algo, sobretudo monetário, somos babados, bajulados, estereotipados e, mormente, idolatrados” ANDERSON COSTA

sábado, 26 de fevereiro de 2011

IMPRESSIONANTE! LEI DATADA DE 1969 QUE FAVORECIA EX-GOVERNADORES COM PENSÃO VITALÍCIA AINDA PREVALECE...

Lendo O fórum, jornal do advogado da OAB, Secção do Maranhão, deparei-me com a notícia importante de que a mesma propõe intervenção na ação contra pensão de ex-governadores ( o artigo nº. 45 das Disposições Constitucionais Transitórias fixou a pensão aos ex-governadores e a Lei 6245 estendeu a pensão às viúvas dos ex-governadores – ver se pode - ) ,pensão esta mensal no montante de R$ 23.200,00 (vinte e três mil e duzentos reais).
Outra coisa muito significativa é que tal privilégio é conferido desde 1969, ferindo assim a atual Constituição promulgada em 1988 que não confere esse privilégio. Segundo O fórum, há previsão regional em relação a tal benefício, no que retruca Mário de Andrade Macieira, presidente da OAB-MA: “Mesmo com tal previsão regional, a medida não deveria acontecer, por um motivo simples: o Brasil funciona sob o regime de Federação. Como a Carta Magna de 1988 deixou de conceder a pensão aos ex-presidentes, as constituições estaduais deveriam acompanhar o entendimento da Lei Maior”.
Mas há uma pergunta que não quer calar: se, porventura, o STF (Supremo Tribunal Federal) homologar a suspensão de tal benefício, haverá o ressarcimento por parte dos ex-governadores ao erário público? Talvez o STF até homologue o cancelamento do benefício, mas e aí, aquele jeitinho brasileiro não irá interferir na questão do ressarcimento? Somente uma coisa posso vos afirmar: o Estado não correrá o risco de ser preso e julgado caso não pague mais a magra pensão aos seus “filhinhos necessitados”.
Essa questão supradita chega até ser contraditória no que se refere ao atual sistema político que nos rege (sistema esse defendido pelos próprios políticos), o neoliberalismo, pois este é totalmente adverso ao Bolsa Família de fato (o programa que tirou muitas pessoas da situação de miséria), já que isso propiciará a acomodação de muitas pessoas (tese defendida pelos neoliberais). E o “Bolsa Escola dos Políticos” cedido desde 1969, não os deixarão também acomodados? Será que somente o povo é permanentemente o ponto nevrálgico do sofrimento proporcionado pela cúpula político-administrativa?

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