Inicio esse texto com a citação da proposta feita pelo Wellington Dias (PT-PI) sobre a questão da reforma política que gira em torno da questão da suplência, asseverando assim a Agência do Senado: As sugestões de mudança nas regras buscam dar legitimidade aos suplentes. Wellington Dias (PT-PI), por exemplo, defende que seja suplente de senador o primeiro mais votado entre os não eleitos. A proposta foi rejeitada quando do exame do assunto pela (CCJ), entre 2007 e 2008, e deve mobilizar o primeiro dia de debates da Reforma Política.
Será possível que nesses primeiros debates haja a consolidação dessa proposta lançada pelo Wellington Dias, ou será rejeitada como já foi outras vezes?
Até entendo o porquê dessa rejeição pela majoritariedade do senado. Diz respeito, basicamente, ao beneficiamento que se é dado aos interesses particulares, já que a suplência nada mais é que uma forma de se encher o balão de determinado grupo. Um exemplo que temos foi o de quando Lobão Filho (Edinho Lobão) assumiu o cargo de senador quando do afastamento de Edison Lobão (pai de Edinho) devido à sua aceitação ministerial. Já escrevi sobre algo semelhante e torno a reiterar: essa forma atual de suplência lembra muito o nepotismo, algo já proibido pela justiça. Mas pelo jeito, aquele ditado que põe em xeque a legitimidade jurídica brasileira - jeitinho brasileiro -, vem à tona, já que a suplência nos moldes atuais nada mais é que um jeitinho brasileiro de mascarar um consubstanciado “nepotismo relativo”.
Indubitavelmente esse é o principal motivo de ser da suplência, havendo sempre fissuras que possibilitem a rejeição da proposta petista do Wellington Dias. É algo que realmente lembra o Brasil - Império, quando o governo era passado de pai pra filho, ou seja, hereditariamente. Portanto, se o suplente de senador continuar sendo o nomeado pelo mesmo, irá sempre haver a jogada de interesses, sobretudo no que tange á perpetuação do poder, o que acarreta, sem sombras de dúvidas, no surgimento das oligarquias, do caciquismo, entre outras mazelas que não são benfazejas à democracia como um todo.
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