“Vivemos num mundo onde não fazemos o que queremos fazer, mas sim o que a convenção humana convencionou. Somos obrigados a fazer o que o Estado manda. Vivemos num mundo onde, se não temos nada somos marginalizados, somos olhados com olhares desprezantes, somos olhados de soslaio. Vivemos num mundo que, se temos algo, sobretudo monetário, somos babados, bajulados, estereotipados e, mormente, idolatrados” ANDERSON COSTA

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

O CONSERVADORISMO POLÍTICO

Enquanto houver esse prematuro conservadorismo político, a pobreza há de reinar (desculpem-me leitores pela afirmação curta e grossa). Não sou contra esse processo político. É factual. O mesmo deve haver, mas não quando o processo em ebulição é o de desenvolvimento.
Como pode haver a conservação política brasileira se o Brasil ainda está em pleno processo desenvolvetório? Se porventura ocorrê-lo no momento errado (e ocorre), o Brasil estagnará, inviabilizando assim seu tão sonhado progresso, pois a nossa nação ainda não faz parte dos países desenvolvidos, dos países cujo PIB cresce significativamente de ano em ano. O xis da questão é saber aplicá-lo (o conservadorismo) no momento certo, não o fazendo como o fazem os políticos conservadores, sobretudo aqueles que persistem em manter a tal situação precária em que passa a sociedade, a de uma grande diferença no que concerne à questão rico-pobre, ou seja, à grande desigualdade social.
De fato, o político que adotar o conservadorismo a essa altura do jogo não quer ver o progresso da nação, mas tão-somente seu auto-progresso, vindo com isso a promover a manutenção dos interesses particulares, encabeçando seus títeres em cargos de significância, no escopo das vantagens tiradas a partir de tais cargos. Tudo isso salientando o ditado popular de que uma mão lava a outra.
Temos um exemplo significante de quanto o conservadorismo político mal empregado nos leva à deterioração social e a um retrocesso político de fato. E qual exemplo é esse? A Ditadura Militar imposta pelos militares em 1964. O Brasil, durante a dita ditadura, foi guiado durante vinte e um anos por “líderes” conservadores, por uma inaptidão exorbitante que quase desfalca os alicerces históricos que fez do Brasil uma nação. O desemprego e a pobreza era em alta, assim como o congelamento salarial, o alto custo de vida, os vários impostos, dentre outras agruras que calcaram o progresso brasileiro. E isso por quê? Ora, devido ao conservadorismo aplicado pelos militares. Não, melhor! Devido ao conservadorismo aplicado num péssimo momento, por isso, mal aplicado.
Como poderia o Brasil, um país periférico e atrelado à cartilha de Washington, manter-se conservado em tal momento de crise? Quem quer conservar-se num momento drástico? Qual é o ser humano que está doente e doente quer permanecer, ou seja, quer assim conservar-se? Aposto que ninguém (eu mesmo não quereria). Então por que manter esse tal conservadorismo político numa época como essas em que o Brasil se retorce em chagas mal curadas? Seria o interesse pelo desenvolvimento do Brasil ou o interesse particular, com o foco de um enriquecimento rápido, enchendo assim os toneis dos interesses e das vantagens?
Por isso reafirmo o que disse no início: enquanto esse tal conservadorismo político for mal aplicado, a pobreza, a fome, o desemprego, o indigno salário e as demais danosas hão de reinar.
Por que não aplicar esse conservadorismo quando chegarmos ao ápice? Por que não se utilizar desse conservadorismo para conservar a nossa riqueza e o PIB quando estivermos na lista dos países mais desenvolvidos do mundo? Por que muitos políticos o utilizam nesse momento de crescimento onde a diferença entre classes é clara e espantosa? Isso é factual e só não o enxerga os que já foram cegados pela política circense brasileira, sobretudo os que já engravidaram tolices, fecundando em seus ovários ideológicos a ignomínia dos entretenimentos.
Portanto, não podemos ver o conservadorismo com maus olhos. Devemos nos ater mesmo é na sua boa aplicação, sabendo como aplicá-lo e em qual época fazê-lo. É por isso que ainda há muitas coisas ruins acontecendo com o povo devido à política de alguns líderes. É a má aplicação dos sistemas, como é o caso do Neoliberalismo. Mas, por enquanto vou ficando por aqui. Por enquanto irei vivendo sob a aba de ações mal aplicadas que não nos deixam furtar às danosas.

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