Enquanto houver esse prematuro conservadorismo político, a pobreza há de reinar (desculpem-me leitores pela afirmação curta e grossa). Não sou contra esse processo político. É factual. O mesmo deve haver, mas não quando o processo em ebulição é o de desenvolvimento.
Como pode haver a conservação política brasileira se o Brasil ainda está em pleno processo desenvolvetório? Se porventura ocorrê-lo no momento errado (e ocorre), o Brasil estagnará, inviabilizando assim seu tão sonhado progresso, pois a nossa nação ainda não faz parte dos países desenvolvidos, dos países cujo PIB cresce significativamente de ano em ano. O xis da questão é saber aplicá-lo (o conservadorismo) no momento certo, não o fazendo como o fazem os políticos conservadores, sobretudo aqueles que persistem em manter a tal situação precária em que passa a sociedade, a de uma grande diferença no que concerne à questão rico-pobre, ou seja, à grande desigualdade social.
De fato, o político que adotar o conservadorismo a essa altura do jogo não quer ver o progresso da nação, mas tão-somente seu auto-progresso, vindo com isso a promover a manutenção dos interesses particulares, encabeçando seus títeres em cargos de significância, no escopo das vantagens tiradas a partir de tais cargos. Tudo isso salientando o ditado popular de que uma mão lava a outra.
Temos um exemplo significante de quanto o conservadorismo político mal empregado nos leva à deterioração social e a um retrocesso político de fato. E qual exemplo é esse? A Ditadura Militar imposta pelos militares em 1964. O Brasil, durante a dita ditadura, foi guiado durante vinte e um anos por “líderes” conservadores, por uma inaptidão exorbitante que quase desfalca os alicerces históricos que fez do Brasil uma nação. O desemprego e a pobreza era em alta, assim como o congelamento salarial, o alto custo de vida, os vários impostos, dentre outras agruras que calcaram o progresso brasileiro. E isso por quê? Ora, devido ao conservadorismo aplicado pelos militares. Não, melhor! Devido ao conservadorismo aplicado num péssimo momento, por isso, mal aplicado.
Como poderia o Brasil, um país periférico e atrelado à cartilha de Washington, manter-se conservado em tal momento de crise? Quem quer conservar-se num momento drástico? Qual é o ser humano que está doente e doente quer permanecer, ou seja, quer assim conservar-se? Aposto que ninguém (eu mesmo não quereria). Então por que manter esse tal conservadorismo político numa época como essas em que o Brasil se retorce em chagas mal curadas? Seria o interesse pelo desenvolvimento do Brasil ou o interesse particular, com o foco de um enriquecimento rápido, enchendo assim os toneis dos interesses e das vantagens?
Por isso reafirmo o que disse no início: enquanto esse tal conservadorismo político for mal aplicado, a pobreza, a fome, o desemprego, o indigno salário e as demais danosas hão de reinar.
Por que não aplicar esse conservadorismo quando chegarmos ao ápice? Por que não se utilizar desse conservadorismo para conservar a nossa riqueza e o PIB quando estivermos na lista dos países mais desenvolvidos do mundo? Por que muitos políticos o utilizam nesse momento de crescimento onde a diferença entre classes é clara e espantosa? Isso é factual e só não o enxerga os que já foram cegados pela política circense brasileira, sobretudo os que já engravidaram tolices, fecundando em seus ovários ideológicos a ignomínia dos entretenimentos.
Portanto, não podemos ver o conservadorismo com maus olhos. Devemos nos ater mesmo é na sua boa aplicação, sabendo como aplicá-lo e em qual época fazê-lo. É por isso que ainda há muitas coisas ruins acontecendo com o povo devido à política de alguns líderes. É a má aplicação dos sistemas, como é o caso do Neoliberalismo. Mas, por enquanto vou ficando por aqui. Por enquanto irei vivendo sob a aba de ações mal aplicadas que não nos deixam furtar às danosas.
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