por Anderson Costa
Após de eu iniciar a leitura do livro: História das ideias e movimentos anarquistas, de George Woodcock, percebi convictamente que o anarquista não é, como já foi estereotipado pelos comensais estatais, um baderneiro ou simplesmente um pregador da desordem; o anarquista busca a simplicidade natural preexistente, abole as instituições autoritárias e o Estado como um todo, assim como o Contrato Social externado teoricamente por Rousseau. Em suma: “o anarquista vê o progresso não como o acúmulo de bens materiais ou como a complexidade crescente de estilos de vida, mas em termos de uma moralização da sociedade através da supressão da autoridade, da desigualdade e da exploração econômica.”
É, sem sombras de dúvida, uma questão com ares fragmentais de utopia, pois a própria Utopia (a obra de Thomas More não poderia ficar de fora) é rejeitada pelos anarquistas. Segundo estes a Utopia diz respeito a uma sociedade perfeita e o que é perfeito não progride, o que inviabilizaria o crescimento humano em todas as suas nuanças. Todavia, o que chama atenção no escopo social anarquista de uma vida simples, sem qualquer padrão de luxúria, é a sensibilidade que o homem iria adquirir. Com o trabalho destinado somente às necessidades de subsistência e sem qualquer intenção acumulativa haveria tempo para poesia, para as descobertas e tudo o mais que possibilitaria o enriquecimento da alma...
Nenhum comentário:
Postar um comentário