Tornou-se, em pleno século XXI, habitual, corriqueiro e até mesmo obrigatório, inclusive no que concerne à educação e à multidisciplinaridade escolar, o acesso à internet, o ensinamento de suas nuanças e de tudo o mais que da sua utilização seja de conveniente serventia. Todavia, com as redes sociais nela presentes, como o Facebook ou Twitter, por exemplo, faz-se consubstanciar a conjuntura, muitas vezes mal interpretada, dos pólos privado e público, o que acarreta no prejuízo moral de muitas pessoas, chegando às vezes a níveis exorbitantes, como, por exemplo, a decrepitude de imagens alheias que se concretizaram assiduamente com o labor de anos a fio. Como fazer criteriosamente essa diferenciação entre o que seja público e/ou privado? Como utilizar as redes sociais de forma que outrem não seja direta ou indiretamente prejudicado?
Um dos prejuízos da má utilização das redes sociais é o que se vê diariamente nos jornais e demais informativos sociais, a saber: escândalos e demais situações afins envolvendo pessoas públicas, “celebridades” e tudo o mais que é alimentado pela mídia voraz. Vê-se, outrossim, a metamorfoseação do que obrigatoriamente era pra ser privado em público e notório. Tudo isso proveniente da malévola utilização da internet e, mormente, das redes sociais, que são as principais viabilizadoras de todo esse malefício consumido e de toda essa turvidão (que já se fez inerente) entre o público e o privado.
Indubitavelmente, tudo gira em torno da devida conscientização que, como fora supradito, deve ser oriunda do aprendizado escolar, do seio familiar e da subjetividade de cada indivíduo, conspirando para a melhoria das condições sociais e humanas atinentes a esse meio eletrônico e de fácil disseminação informativa, que é a internet. Essa questão contextual não se resume ao fato de “os fins justificarem os meios” como asseverara Maquiavel no seu livro intitulado O Príncipe, mas unicamente no da ciente utilização desses meios comunicativos.